Rodovias
Obras no 16km no Rio de Janeiro trazem mais segurança aos clientes e fluidez ao trânsito, reduzindo em até 50% o tempo de percurso no trecho
Escrito por Grupo CCR, em 15/04/2024
Serra das Araras: novo traçado vai elevar o patamar de excelência da rodovia, melhorando a condição de conforto, fluidez e segurança viária (Créditos: Divulgação/Grupo CCR)
O Grupo CCR, a maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, deu início às obras de implantação do novo traçado da Serra das Araras, na Via Dutra (BR-116), no Rio de Janeiro, um dos projetos rodoviários mais aguardados do País. O conjunto de intervenções soma o investimento de R$ 1,5 bilhão e vai gerar mais de cinco mil empregos diretos e indiretos a fim de trazer mais segurança viária, fluidez e conforto aos clientes que trafegam no trecho.
As obras serão executadas pela concessionária CCR RioSP e vão transformar a Serra das Araras. As novas vias de subida e descida contarão com quatro faixas por sentido, além do acostamento e uma faixa de segurança, garantindo mais segurança viária e conforto aos clientes e trazendo mais fluidez ao trânsito.
O trecho da Serra das Araras, projetado na década de 1940, enfrenta o desafio de se adaptar ao grande volume de tráfego que circula diariamente por ali. Hoje, cerca de 390 mil veículos circulam pelos dois sentidos mensalmente, dos quais 36% deles veículos de carga. Juntos, eles transportam mais da metade do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o que dá uma dimensão da importância logística das Serra das Araras para o transporte de cargas no País.
"Ao executar essas intervenções, atendemos a um pedido antigo de quem transita pela Via Dutra. O novo traçado vai elevar o patamar de excelência da rodovia para uma outra categoria", afirma Eduardo Camargo, presidente da CCR Rodovias. "Na prática, estamos melhorando a condição de conforto, fluidez e segurança viária, o que irá contribuir para intensificar o fluxo de veículos entre as duas maiores capitais do País", completa o executivo.
Os ganhos apontados pelo presidente da CCR Rodovias se explicam pelo aumento no número de pistas. Hoje, são duas faixas para descer a Serra das Araras e outras duas faixas para subir. Depois de concluída, serão oitos faixas – quatro para cada sentido –, além dos acostamentos, um em cada sentido. Isso permitirá aumentar a velocidade de circulação de 40km/h para 80km/h, tanto na descida como na subida da Serra. Isso permitirá reduzir em 25% o tempo de percurso na pista de subida, sentido São Paulo, e em 50% na pista de descida, sentido capital fluminense.
Execução das obras
O investimento de R$ 1,5 bilhão contempla a implantação de 24 viadutos, duas rampas de escape na pista de descida, melhoria em 14 pontos de acesso e a implantação de uma via marginal na pista sul, sentido São Paulo. As obras compreendem um trecho de oito quilômetros por sentido, totalizando 16 quilômetros de extensão, entre o km 225 e o km 233. Neles, serão construídas 93 contenções, oito pontos de ônibus e três passarelas.
As obras devem durar 52 meses e contarão com mais de 30 canteiros simultâneos, o que vai gerar 5 mil empregos diretos e indiretos. A maior parte da mão de obra será absorvida dos municípios de Piraí (RJ) e Paracambi (RJ). A previsão da concessionária é de entregar a nova pista de subida em 2028. Já a pista de descida deverá ser concluída em 2029.
Para implantar a nova estrutura, será necessário o uso de explosivos para detonação de rochas. A intervenção deve durar 29 meses, impactando o tráfego na região, com interdições programadas – em dias e horários específicos - da pista sul, sentido capital paulista. Ao todo, serão 2,5 milhões de metros cúbicos de escavações. Para lidar com uma obra desta magnitude, a CCR vai construir uma Central de Britagem e fará o reaproveitamento dos resíduos gerados na construção.
Rodovia mais sustentável
As obras de ampliação da Serra das Araras incorporam aspectos de sustentabilidade para minimizar o impacto do projeto ao meio ambiente e a sua pegada de carbono. Uma das principais iniciativas nesta frente é o uso de cerca de 13 toneladas de material asfáltico reciclado (RAP) para a pavimentação da rodovia, reduzindo a quantidade de insumos de origem fóssil na composição do asfalto.
O material rochoso oriundo das detonações também é reutilizado pelo projeto. Esse insumo será beneficiado em uma central de britagem, sendo totalmente reaproveitado em camadas de aterro e pavimentos. Dos 2,5 milhões de metros cúbicos (m³) de material de corte gerado nas escavações, 700 mil m³ são do tipo rochoso. Outros 1,8 milhão de m³ consistem em solo e material terroso menos denso, que também serão reaproveitados pela Companhia e destinados em aterros da obra em sua maior parte, ajudando a estabilizar e nivelar trechos de terrenos acidentados da rodovia que serão pavimentados.
Outra iniciativa é a diminuição da supressão de vegetação no local e a proteção de talvegues e cursos d’água com a construção de viadutos. Ao todo, o projeto contempla a construção de 24 viadutos, solução de engenharia que, além de reduzir a remoção de árvores, possibilita a manutenção da conectividade de habitats naturais, facilitando o fluxo de animais para alimentação, reprodução e migração por toda a floresta.
O novo traçado da Serra das Araras irá beneficiar cerca de 20 milhões de pessoas, das regiões da baixada e sul fluminense e região metropolitana do Rio de Janeiro, entre municípios cortados pela rodovia ou sob influência dela. Entre as cidades beneficiadas estão Itatiaia, Seropédica, Queimados, Nova Iguaçu, Mesquita, Belford Roxo, Duque de Caxias, São João do Meriti, Itaguaí e Rio de Janeiro.
Segurança viária
A segurança dos motoristas e pedestres também foi pensada pelo Grupo CCR. O projeto prevê a construção de duas rampas de escapes na pista de descida. As rampas são prolongamentos da rodovia projetados para reduzir, por meio de resistência ao rolamento (areia, cascalho e pedregulhos) e desaceleração gravitacional, a velocidade de veículos em descidas acentuadas. A região ganhará ainda três novas passarelas e uma via marginal próximo à Vila Cruzeiro.
Já sob o aspecto tecnológico, o trecho será 100% iluminado e monitorado por câmeras. Entre elas, as novas câmeras de detecção automática de incidentes, as Dais. Outra inovação é a conectividade, a partir da tecnologia de rede móvel 4G, para que os clientes da CCR RioSP possam acessar o APP CCR Rodovias e acionar os serviços da concessionária sem consumir do pacote de dados.
Benefícios para os municípios e comerciantes
Além de proporcionar mais segurança e agilidade aos usuários, seja no transporte de cargas ou de pessoas, o investimento da concessionária trará benefícios para os municípios lindeiros. A previsão é de que a obra gere cerca de cinco mil empregos diretos e indiretos durante a sua execução.
A maior parte dessa mão de obra será contratada localmente pela concessionária. Para isso, estão realizados encontros com as prefeituras para que elas apoiem na capacitação desses profissionais. As contratações serão feitas via Sine (Sistema Nacional de Empregos) dos municípios lindeiros, fomentando a economia local.
Além dos empregos, o empreendimento vai ampliar a arrecadação dos municípios. São previstos R$ 46 milhões em impostos, entre ISS, PIS e Cofins, durante os quatro anos de obra. A concessionária irá facilitar a atuação dos comerciantes que atuam na Serra das Araras, principalmente os que vendem frutas no local. Será montado um espaço especialmente dedicado a concentrar todos os comerciantes da região.
Sobre o Grupo CCR | O Grupo CCR, maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, atua nas plataformas de Rodovias, Mobilidade Urbana e Aeroportos. São 39 ativos, em 13 estados brasileiros e mais de 17 mil colaboradores. O Grupo é responsável pela gestão e manutenção de 3.615 quilômetros de rodovias, realizando cerca de 3,6 mil atendimentos diariamente. Em mobilidade urbana, por meio da gestão de metrôs, trens, VLT e barcas, transporta diariamente 3 milhões de passageiros. Em aeroportos, com 17 unidades no Brasil e três no exterior, atende 46 milhões de clientes anualmente. A companhia está listada há 13 anos no hall de sustentabilidade da B3. Mais em: grupoccr.com.br.
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