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ViaMobilidade moderniza sistema de sinalização das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda

Trabalhos incluem a substituição de equipamentos analógicos por digitais e benefícios ao passageiro serão maior estabilidade operacional, conforto e regularidade

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Escrito por Grupo CCR, em 17/02/2024

 Projeto inclui a substituição de mais de 40 sinaleiros de um aspecto por sinais de dois aspectos

Projeto inclui a substituição de mais de 40 sinaleiros de um aspecto por sinais de dois aspectos

A ViaMobilidade está investindo na modernização do sistema de sinalização das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Os trabalhos, realizados em diversas etapas, incluem a substituição de equipamentos analógicos por digitais, além da implantação de novos sistemas. Os benefícios ao passageiro serão maior estabilidade operacional, conforto e regularidade nas viagens.

As mudanças incluem um novo sistema de supervisão e controle de tráfego (ATS – Automatic Train Supervision) para a Linha 8, assim como a implantação de um sistema ATO (Automatic Train Operation) de via para o trecho de Júlio Prestes a Itapevi. A previsão é de que estes trabalhos sejam concluídos em 2024.

Na prática, o ATS traz como principal benefício a melhoria dos índices de disponibilidade do sistema. Ou seja, respostas mais rápidas que resultam em uma operação com maior estabilidade operacional e regularidade ao passageiro.

Por sua vez, as principais vantagens advindas da implantação do ATO de via da Linha 8-Diamante são o controle automatizado de aceleração e frenagem, parada automática nas estações e a supervisão das portas dos trens, o que impede a abertura para o lado incorreto. Com estas funções, os trens concluirão suas viagens de forma mais rápida, uma vez que haverá menos intervenção dos operadores.

Essas funções avançadas não substituem por completo a ação humana, deste modo, segue sendo necessária a condução do trem por um operador. Contudo, a diferença é que será possível ter paradas mais suaves devido a este sistema e melhoria na regulação dos intervalos, que passa a ser de forma automática, o que trará aos passageiros uma maior regularidade no atendimento.

Já o ATS, outra novidade na Linha 8, é o sistema de supervisão e controle dos trens pelo CCO (Centro de Controle Operacional), que pode operar automaticamente com rotas pré-definidas ou pela operação dos controladores. O sistema consiste em um servidor, computador de alta eficiência e capacidade, que recebe e envia as informações vindas dos servidores de campo para fazer o controle do tráfego de trens.

 

Troca do analógico pelo digital

Entre as atividades previstas, também está a implantação de novos intertravamentos microprocessados para o trecho de Imperatriz Leopoldina a Osasco, da Linha 8, e de Presidente Altino a Osasco, da Linha 9. A modernização também está prevista para ser entregue neste ano.

Na prática, os intertravamentos microprocessados são um conjunto de placas eletrônicas que, através de programas armazenados em suas memórias, garantem a operação do sistema. Os equipamentos recebem os comandos do Centro de Controle Operacional, que chegam em servidores locais, compostos por computadores industriais de alta confiabilidade.

Estes sistemas fazem a interface com os equipamentos que ficam na via, como as máquinas de chave, por exemplo, que são utilizadas para realizar a mudança dos trens de uma via para a outra. Os intertravamentos também “conversam” com os sinaleiros, que funcionam como semáforos na ferrovia e ainda determinam a velocidade que o trem deve desempenhar em determinado trecho, dependendo das condições, como por exemplo, proximidade do trem à frente.

Esse conjunto contribui para a segurança dos passageiros. Além disso, o sistema opera em um mecanismo de falha segura. Ou seja, em caso de falha, opera de forma conservadora, evitando acidentes até que o problema seja corrigido.

Essa modernização é necessária porque em Osasco, Presidente Altino e Imperatriz Leopoldina, o sistema existente foi desenvolvido no final da década de 1970, que consiste em placas eletrônicas analógicas que acionam relés eletromecânicos, que por sua vez fazem toda a lógica através de seus contatos. Ou seja, com funcionamento totalmente analógico.

Além de a nova tecnologia ter uma resposta mais rápida, ela também trabalha com redundâncias, de forma que em caso de uma falha simples, a funcionalidade do equipamento é preservada, proporcionando maior estabilidade à operação.

Com a mudança, a manutenção também será realizada de forma mais ágil e eficiente, por requerer o uso de menos equipamentos. A equipe também terá à disposição mais informações através do monitoramento, assim como o recebimento de alarmes de falhas, quando for o caso, permitindo a atuação de forma eficaz e com redução de impactos aos passageiros.

Hoje, os demais trechos das linhas já possuem os intertravamentos microprocessados. Porém, a versão que está sendo instalada na região de Imperatriz Leopoldina a Osasco é uma evolução do equipamento já utilizado nos outros locais. Ainda assim, as funcionalidades são similares, o que permitirá a uniformidade da tecnologia utilizada no sistema de sinalização de toda a extensão da Linhas 8.

Todo o projeto de modernização inclui o fornecimento de 10 servidores e seis estações de trabalho novas para o CCO. Além disso, será feita a substituição de mais de 40 sinaleiros de um aspecto por sinais de dois aspectos, a mudança de mais de 20 circuitos de via por equipamentos novos e o lançamento de mais de 30 quilômetros de cabos novos.

 

Sobre a ViaMobilidade Linhas 8 e 9

A ViaMobilidade Linhas 8 e 9 é a concessionária responsável pela operação e manutenção das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos de São Paulo. A Linha 8-Diamante é composta por 22 estações, ligando Júlio Prestes a Amador Bueno, com integração nas linhas 3-Vermelha e 7-Rubi. Já a Linha 9-Esmeralda, que conecta Mendes-Vila Natal a Osasco, possui 20 estações e faz integração com as linhas 4-Amarela, 5-Lilás e 8-Diamante. E, futuramente, com a Linha 17-Ouro de monotrilho.

 

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